Resumo
Os
protozoários são seres miscroscópicos unicelulares móveis e eucarióticos,
alguns organismos podem ser heterótrofos ou autrótofos, simbionte ou parasita. Classificados
pela primeira vez como “animálculos” acreditava-se que eram pequenos animais; Os
protistas exibem uma diversidade muito grande e um papel ecológico
significativo, existem mais de 215.00 espécies descritas. (RUPPERT et al.; 2005).
Os grupos a ser trabalhados: Excavata; Chromalveolata; Unikonta e o Opistokonta
(o mesmo está dentro do grupo de Unikonta).
Palavras-chave:
Protozoa, Eucarionte
Introdução
Os
seres vivos apresentam as mais diversas formas e mecanismos para a
sobrevivência; atualmente, conhecemos a vida de acordo com a ligação dos
átomos, interação de moléculas; e devemos muita a tetravalência do carbono, que
permite com que a base de compostos orgânicos seja construída. Entender esse
contexto bioquímico é importante para entender a base da citologia, genética,
zoologia... Em geral: a vida.
Este
trabalho contém uma reunião de informações básicas sobre a classificação de
seres vivos, em especial protozoários. Todas as informações foram
cuidadosamente lidas e selecionadas, a qualidade do texto infelizmente foi
limitada pelo tempo.
1
Excavata
Excavata
é um grupo taxonômico que agrupa vários seres eucariontes com muita diversidade
entre si. Neste grupo podem ser encontrados organismos unicelulares, autótrofos
e/ou heterótrofos, parasitas como Trypanosoma
cruzi e Giardia lamblia. A
criação deste grupo foi proposta com base na morfologia e análises moleculares
dos organismos analisados. É importante ressaltar que este é um grande grupo
com vários seres vivos classificados, ao olhar o cladograma já se percebe uma
grande politomia, além disso, no grupo encontram-se vários seres vivos com
características bem distintas e particulares entre si.
Uma
das principais características morfológicas é a presença de escavações. Segundo
Dawson & Paredez a diversidade evolutiva dentro do Excavata representa
distâncias genéticas talvez tão grandes quanto as que existem entre plantas e
animais e fungos. Todas os Excavata são flageladas ou têm estádios flagelados
e, como grupo, são definidas pela presença de flagela lateral e estruturas
radiais flagelares associadas aos corpos basais. Novos estudos de citoesqueleto
estão sendo feitos para comparar o grau de parentesco cada organismo tem.
1.1 Fornicata
Dentro
do super grupo eucariótico Excavata, um dos filos mais recentes é o Fornicata.
Os fornicatas são flagelados heterotróficos unicelulares com um o mais cariomastigonte
(Flagelos ou corpos basais ligados diretamente ao núcleo) por célula. Uma das
características bem interessante é a questão da obtenção de energia, os mesmos
não possuem mitocôndrias. A estrutura análoga a mitocôndria é o mitosomo;
porém, diferente das mitocôndrias, os mitossomos não conseguem fazer
fosforilação oxidativa.
Um
dos organismos representante deste filo a Giardia
lamblia, é um protozoário parasita intestinal de mamíferos, suas atividades
podem ter sérias consequências. Ao parasitar, elas acabam emitindo enzimas que
desnaturam proteínas (proteases) e acabam com as microvilosidades do intestino.
Todos
os membros da Fornicata são anaeróbicos ou microaerófilos (podem precisar de
oxigênio ou carbono, varia de acordo com o metabolismo).
1.2 Parabasalida
Uma característica morfológica é que as
células de um parabasalea podem apresentar de um a milhares de flagelos. Possui
característica padrão dos excavatas, tendo escavações e microtúbulos responsável
péla função nutritiva. Não tem mitocôndrias para o metabolismo energético, são
organismos anaeróbicos com hidrogenossomos. Seus flagelos estão agregados a
grandes corpúsculos de Golgi. Podem ser simbiontes, em muitos casos são
encontrados em intestino de outros seres vivos, como cupins e baratas. Podemos
apontar Trichomonas e Mixotricha paradoxa como bons
representantes deste grupo.
1.3 Euglenozoa
Os
flagelados conhecidos como euglenófitas, ou euglenoides, compreendem mais de 80
gêneros e 800 a 1.000 espécies. Evidências moleculares sugerem que as primeiras
euglenófitas realizavam fagocitose (englobavam partículas sólidas). Cerca de um
terço dos gêneros, incluindo Euglena, contém cloroplastos. (RAVEN et al., 2014).
O termo usado muda de acordo com o ramo de estudo; em Zoologia o termo mais
usado em referências a estes organismos é Euglenozoa. São microscópicas
fotossintetizante, algumas espécies podem ser parasitas e até simbiontes.
Segundo Raven, as euglenófitas reproduzem-se por mitose e citocinese
longitudinal, continuando a nadar enquanto se dividem. O envoltório nuclear
permanece intacto durante a mitose, como ocorre em muitos outros protistas e em
fungos.
2
Chromalveolata
A
principal característica deste grupo é a presença de plastídeos (Cromoplastos,
Leucoplasto, Cloroplasto e outros). As análises moleculares tentam mostrar um
grau de parentesco evolutivo; graças a isso, inclui-se neste grupo stramenopiles,
cryptomonads e haptophytes. A teoria da endossimbiose sugere que os
cloroplastos tenham sido organismos de vidas independentes, que ao ser
fagocitado por um ser vivo maior, acabou adaptando-se e os dois vivendo de
forma harmônica. O que leva a acreditar nesta teoria que esses seres vivos eram
seres independente de células, são suas característica que evidenciam uma
simbiose com algas vermelhas. Os plastos são organelas muito independente,
capaz de realizar atividades. Os plastos além de possuir DNA próprio, conseguem
se reproduzir e muitas outras características que assemelham com seres
unicelulares simples, como conter membrana parecida com a membrana plasmática.
2.1 Stramenopila
O
grupo é bem fantástico e curioso; algumas espécies representantes tem as mesmas
características dos seres vivos do Reino Fungi, (Nucleado, heterótrofo e
produtor de enzimas digestivas) que sugere que estes seres vivos são
precursores dos fungos. Existe uma grande variedade de organismos, sendo
unicelular ou Multicelular. Outras espécies apresentam características
semelhantes do Reino Plantae; o que mostra isso, são os intrigantes Kelps.
Segundo Raven, as maiores algas pardas, da ordem Laminariales, algumas das
quais formam bancos extensos a pouca distância da costa, são chamadas kelps. Em
águas claras, as algas pardas ocorrem desde o nível da maré baixa até a uma
profundidade de 20 a 30 m. É digno de nota que bancos tropicais de kelp foram
encontrados no oceano próximo às ilhas Galápagos em uma profundidade de
aproximadamente 60 m. Em costões com declividade suave, os bancos de kelp podem
estender-se por 5 a 10 km da costa.
2.2 Alveolata
Grupo
extremamente complexo que inclui três tráxons: Dinoflagellata, Ciliophora e
Apicomplexa (Sporozoa). Para incluir os Alveolados em um mesmo parentesco
evolutivo, várias análises genéticas foram feitas; a principal questão das
evidências de parentesco, é as sequências de DNA ribossômico e alvéolos. Os
dinoflagelados conseguem fazer fotossíntese, sendo assim autótrofo, com
clorofila do tipo a e c, mas existem dinoflagelados sem pigmentos. Ciliophora
tem muitas estruturas análogas aos órgãos dos animais, possui cílios, sendo
esta a principal característica deste grupo.
2.3 Radiolaria
São
marinhos e planctônicos extremamente grande. Espécies solitárias podem chegar a
milímetros enquanto espécies que costumam viver em colônia chegam a
centímetros. (Ruppert et al.; 2005). Sua morfologia é esférica e tem testa
silicosa. Pode viver até mesmo nas profundezas dos oceanos; seu corpo pode
armazenar SiO². Dois representantes da diversidade Radiolaria: Polycystinea e
Phaeodarea.
2.4 Foraminifera
São
seres saprofíticos que vivem no fundo dos oceanos fazendo decomposição de
alimentos. Algumas espécies podem ser simbiontes e até mesmo realizar
fotossíntese. O seu nome quer dizer que possuem uma abertura (Forâmen) em seu
revestimento. Possuem inúmeros pseudópodes filiformes; seu corpo tem a
capacidade de armazenar várias substâncias que com o tempo ajuda a fossilizar o
organismo. O primeiro registro fóssil vem da era cambriana.
3
Unikonta
É um
grande grupo eucarionte com único flagelo. Os pesquisas sugerem a hipótese que
os mesmos são os ancestrais dos Opisthokonta e Amoebozoa
3.1 Amoebozoa
São
protozoários ameboides na maioria dos casos assimétricos, alguns possuem um
exoesqueleto. Os Ameboides possuem poucas organelas especializadas, sendo
considerados um dos protozoários mais simples.
·
Opistokonta
O
Opisthokonta é um agrupamento composto por Animais (Metazoa), os organismos do
Reino Fungi e os parentes próximos de protistas. Os Opistokonta apresentam
características evolutivas incomuns nos outros eucariotos: cristas
mitocondriais planas.
3.2 Choanoflagellata
Os
Coanoflagelados são de um táxon irmão dos animais. O que faz os taxonomistas
classificarem com este parentesco é as várias características morfológicas e
genéticas que ambos grupos apresentam. O DNA ribossomal do tipo circular e o
único flagelo são fortes características que ajudam a dar evidências de
parentesco com o Metazoa; a ponto de estarem em um táxon monofilético. São
encontrados 600 espécies de Coanoflagelados aproximadamente, que podem ser
solitários ou coloniais.
Protozoa pode ser considerado um grupo
natural?
A
resposta de cara é, não! Como já mencionado, os vários seres vivos apresentados
possuem uma variedade enorme de características evolutivas que sugiram de forma
independente. A classificação dos mesmos ficaria como um grupo artificial e sem
uma boa hipótese, já que a diversidade dos mesmos é tão grande que fica muito
difícil classifica-los até mesmo por análises genéticas e moleculares.
Quantas vezes surgiu a fotossíntese na
vida?
Assim
como descrito no texto, vários seres vivos são autótrofos. Isso demonstra que a
fotossíntese surgiu várias vezes nos eucariotos. Ao total, podemos perceber a
fotossíntese em quatro grupos diferentes: Archaeplastida; Chromalveolata em
Excavados. Lembrando que nem todas as espécies de tais grupos são capazes de
tal fenômeno. Além disso, os seres
multicelulares sugiram diversas ao longo da história. Os protozoários têm a
capacidade de adaptação rápida e diversas mutações ao longo do tempo.
Referências:
RUPPERT, Edward E. Zologia dos
Invertebrados : uma abordagem funcional-evolutiva / Edward E. Ruppert,
Richard S. Fox, Robert D. Barnes; São Paulo : Rocca, 2005
BRUSCA, R.C.; W. MOORE & S.M. SHUSTER, 2016. Invertebrates.
3rd Edition. Sinauer Associates, Sunderland.]
Raven | Biologia
vegetal / Ray F. Evert e Susan E. Eichhorn; revisão técnica Jane Elizabeth
Kraus; tradução Ana Claudia M. Vieira... [et.al.]. – 8. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014
Dawson
SC, Paredez AR. Paisagens citoesqueléticas
alternativas: novidade citoesquelética e evolução em protistas de escavações
basais. Opinião atual na biologia celular . 2013; 25 (1): 134-141. doi:
10.1016 / j.ceb.2012.11.005.
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