quarta-feira, 18 de abril de 2018

Consulta rápida: Conceitos básicos de Sistemática Filogenética



Código Internacional de Nomenclatura Zoológica /The Intemational Commision on Zoological Nomenclature (ICZN)
·         O que é?
Código aprovado pela Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica, e foi ratificado pelo Comitê Executivo da União Internacional de Ciências Biológica (IUBS), em representação da Assembleia Geral da União.  (The International Trust for Zoological Nomenclature 1999 c/o The Natural History Museum - Cromwell Road - London SW7 5BD – UK)
As classificações científicas de todos os animais por padrão obedecem várias regras universais definidas, as quais são esboçadas no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.  Nomes científicos são latinizados, mas podem ser derivados de qualquer outra língua ou de nomes de pessoas ou lugares; a maioria dos nomes é derivada de palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se a alguma característica do animal ou do grupo denominado.  (ARAÚJO, et. al., 2006).
·         Objetivo
Este código é o sistema de regras e recomendações autorizadas pelos Congressos internacionais de Zoologia. O objetivo do código é promover a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos dos animais e assegurar que cada nome seja único e distinto. (PAPAVERO, NELSON, 1994).
Homonímia
No sentido do código, homonímia é a identidade de grafia de nomes disponíveis que designam diferentes táxons do grupo da espécie dentro do mesmo gênero de táxons objetivamente diferentes dentro do mesmo grupo de gênero ou de táxons objetivamente diferentes dentro do grupo do gênero ou do grupo da família. (PAPAVERO, NELSON, 1994).
Princípio da Prioridade
A preferência relativa de homônimos (incluindo homônimos primários e secundários no caso de nomes de espécies) é determinada pela aplicação das disposições relevantes dos Princípios de Prioridade. (Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, artigo 52.3)
Se dois cientistas classificam uma mesma espécie ainda não descrita; segundo a Lei a Prioridade, a primeira classificação é quem deve permanecer.
Material-Tipo (Holotipo)
Espécie armazenada em uma plataforma científica para ter um modelo exemplar de uma espécie.
Conceitos em filogenética
Parcimônia
Esse princípio é básico para toda ciência e nos diz para escolher a explicação cientifica mais simples que convenha com as evidências. Para construção de árvores, isso significa que a melhor hipótese é aquela que requer o menor número de alterações evolutivas. Fonte: Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia com o apoio da Fundação Nacional de Ciência e do Instituto Médico Howard Hughes.
A forma precisa pela qual a análise cladística definiu a relação biológica de parentesco (o táxon A está mais próximo de B em relação a C), ordenando as sinapomorfias de modo a obter uma classificação dos táxons consistente com sua genealogia, calcada no princípio da parcimônia (cf. Hennig, 1966; Farris, 1983), reflete a grande contribuição de Hennig para a sistemática biológica: a formulação de um método propriamente dito, testável, não arbitrário e reflexivo da realidade natural, representada em dendogramas ramificados, chamados cladogramas (que correspondem a conjecturas sobre as relações de parentesco resultantes do processo evolutivo).
Homologia
É uma ferramenta básica da biologia comparada que permite a comparação entre partes de indivíduos distintos. (Amorim, D. S, 2002). Graças a teoria da Evolução dos seres vivos, foi possível ter base para o surgimento de novos estudos comparativos. A análise de caracteres de estruturas para as quais já existe uma hipótese de homologia pode chegar a conclusões muito mais confiáveis.  
A base fundamental para a biologia comparativa é o conceito de homologia. Um animai que compartilha estruturas, e parentesco genético, são chamados de homólogos. (Brusca, R. & Brusca, G.J., 2007)
Sinapormorfia
As sinapomorfias são estados de caracteres que se originam no ancestral comum do grupo e são encontradas em todos os seus membros. Os estados de um caráter são duas ou mais formas de um aspecto específico (RAVEN, 2014)
Pleisiomorfia
É conveniente definirmos os conceitos primitivo e derivado. A maneira menos ambígua para descrever e usar estes conveitos impotantes
Clados
Um grupo monofilético, constituído por um ancestral e todos os seus descendentes. (RAVEN, 2014)
Ramos e Nós flexíveis
Nos cladogramas, a base de onde partem os ramos é chamada raiz, e os grupos de seres vivos são colocados no ápice, compondo os terminais. Os pontos de onde partem as ramificações são chamados de nós e representam ancestrais comuns [...]. (LOPES & ROSSO, 2005, p. 183)
As relações filogenéticas entre os grupos de seres vivos são apresentadas na forma de árvores filogenéticas ou cladogramas (do grego, clados = ramo). Na árvore, as bifurcações (chamadas “nós”) indicam espécies ancestrais [...]. (LINHARES & GEWANDSZNAJDER, 2005, p. 141)
Monofiléticos
Um grupo monofilético é um grupo de espécies que inclui a espécie ancestral e todos seus descendentes – ou seja, um grupo natural. Em outras palavras, um táxon monofilético é um grupo de espécies cujos membros estão relacionados uns aos outros por uma história de descendência (com modificação) única a partir de um ancestral comum – uma linhagem evolutiva única. (Brusca, R. & Brusca, G.J., 2007)
Cladogênese
Segundo Amorim, denomina-se cladogênsese, a fragmentação de um ramo filético (Conjunto de populações que apresentam efetivamente fluxo genético) em dois ou mais ramos isolados, que possam evoluir independente. Nesse processo, são fatores causais a vicariância e a dispersão. A conjunção dos processos de cladogênse e anagênse geram a evolução biológica.
Anagênese
A anagênse é um processo que ocorre apenas no nível de espécie. Se uma espécie, surgiu e se fixou uma novidade evolutiva (uma mutação), então, todas suas espécies descendentes serão herdeiras dessa modificação. Convém ter bastante claro que o processo evolutivo é composto por dois grandes conjuntos de processos. Denomina-se anagênese a modificação na forma (Em sentido amplo), de qualquer ramo filético. (Amorim, D. S, 2002)












Referências:
PAPAVERO, N. Fundamentos práticos de taxonomia zoológica. 2.ed. São Paulo: UNESP, 1994. 285p.
Amorim, Dalton de Souza. Fundamentos de Sistemática Filogenética / Dalton de Souza Amorim. – Ribeirão Preto : Holes, 2002.
BRUSCA, R.C.; W. MOORE & S.M. SHUSTER, 2016. Invertebrates. 3rd Edition. Sinauer Associates, Sunderland.
The Internacional Truste for Zoological Nomenclature ISBN: 84-607-0588-9 Depósito Legal: M.21.969-2000 Realização e  impressão : Diseño Gráfico AM2000, S.L. C/Maudes, 26, 1.°- 4 edição, 28003, Madrid
Raven | Biologia vegetal / Ray F. Evert e Susan E. Eichhorn; revisão técnica Jane Elizabeth Kraus; tradução Ana Claudia M. Vieira... [et.al.]. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS, Licenciatura em Ciências Exatas, Noções de Taxonomia e Classificação Introdução à Zoologia. Ana Paula Ulian de Araújo, Nelma Regina Segnini Bossolan, 2006. Disponível em: http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/bio2_apostila_zoo_01.pdf (Acessado em: 07/02/2018)
Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia com o apoio da Fundação Nacional de Ciência e do Instituto Médico Howard Hughes.  Disponível em, http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIC1aUsingparsimony2.shtml)
Santos, C. M; Klassa, B. Sistemática filogenética hennigiana: revolução ou mudança no interior de um paradigma? scientiæ zudia, São Paulo, v. 10, n. 3, p. 593-612, 2012

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