Código Internacional de
Nomenclatura Zoológica /The Intemational
Commision on Zoological Nomenclature (ICZN)
·
O que é?
Código aprovado pela Comissão Internacional de
Nomenclatura Zoológica, e foi ratificado pelo Comitê Executivo da União
Internacional de Ciências Biológica (IUBS), em representação da Assembleia
Geral da União. (The International Trust
for Zoological Nomenclature 1999 c/o The Natural History Museum - Cromwell Road
- London SW7 5BD – UK)
As classificações científicas de todos os animais por
padrão obedecem várias regras universais definidas, as quais são esboçadas no
Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.
Nomes científicos são latinizados, mas podem ser derivados de qualquer outra
língua ou de nomes de pessoas ou lugares; a maioria dos nomes é derivada de
palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se a alguma característica do
animal ou do grupo denominado. (ARAÚJO,
et. al., 2006).
·
Objetivo
Este código é o sistema de regras e recomendações
autorizadas pelos Congressos internacionais de Zoologia. O objetivo do código é
promover a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos dos animais e
assegurar que cada nome seja único e distinto. (PAPAVERO, NELSON, 1994).
Homonímia
No sentido do código, homonímia é a identidade de grafia de
nomes disponíveis que designam diferentes táxons do grupo da espécie dentro do
mesmo gênero de táxons objetivamente diferentes dentro do mesmo grupo de gênero
ou de táxons objetivamente diferentes dentro do grupo do gênero ou do grupo da
família. (PAPAVERO, NELSON, 1994).
Princípio da Prioridade
A preferência relativa de homônimos (incluindo homônimos primários e
secundários no caso de nomes de espécies) é determinada pela aplicação das
disposições relevantes dos Princípios de Prioridade.
(Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, artigo 52.3)
Se dois cientistas classificam uma mesma espécie ainda não
descrita; segundo a Lei a Prioridade, a primeira classificação é quem deve
permanecer.
Material-Tipo
(Holotipo)
Espécie armazenada em uma plataforma científica para ter um
modelo exemplar de uma espécie.
Conceitos
em filogenética
Parcimônia
Esse princípio é básico para toda ciência e nos diz para
escolher a explicação cientifica mais simples que convenha com as evidências.
Para construção de árvores, isso significa que a melhor hipótese é aquela que
requer o menor número de alterações evolutivas. Fonte: Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia com o apoio da
Fundação Nacional de Ciência e do Instituto Médico Howard Hughes.
A forma precisa pela qual a análise cladística definiu a
relação biológica de parentesco (o táxon A está mais próximo de B em relação a
C), ordenando as sinapomorfias de modo a obter uma classificação dos táxons
consistente com sua genealogia, calcada no princípio da parcimônia (cf. Hennig,
1966; Farris, 1983), reflete a grande contribuição de Hennig para a sistemática
biológica: a formulação de um método propriamente dito, testável, não
arbitrário e reflexivo da realidade natural, representada em dendogramas ramificados,
chamados cladogramas (que correspondem a conjecturas sobre as relações de
parentesco resultantes do processo evolutivo).
Homologia
É uma ferramenta básica da biologia comparada que permite a
comparação entre partes de indivíduos distintos. (Amorim, D. S, 2002). Graças a
teoria da Evolução dos seres vivos, foi possível ter base para o surgimento de novos
estudos comparativos. A análise de caracteres de estruturas para as quais já
existe uma hipótese de homologia pode chegar a conclusões muito mais confiáveis.
A base fundamental para a biologia comparativa é o conceito
de homologia. Um animai que compartilha estruturas, e parentesco genético, são
chamados de homólogos. (Brusca, R. & Brusca, G.J., 2007)
Sinapormorfia
As sinapomorfias são estados de caracteres que se originam
no ancestral comum do grupo e são encontradas em todos os seus membros. Os
estados de um caráter são duas ou mais formas de um aspecto específico (RAVEN,
2014)
Pleisiomorfia
É conveniente definirmos os conceitos primitivo e derivado.
A maneira menos ambígua para descrever e usar estes conveitos impotantes
Clados
Um grupo monofilético, constituído por um ancestral e todos
os seus descendentes. (RAVEN, 2014)
Ramos e Nós flexíveis
Nos cladogramas, a base de onde partem os ramos é chamada
raiz, e os grupos de seres vivos são colocados no ápice, compondo os terminais.
Os pontos de onde partem as ramificações são chamados de nós e representam
ancestrais comuns [...]. (LOPES & ROSSO, 2005, p. 183)
As relações filogenéticas entre os grupos de seres vivos
são apresentadas na forma de árvores filogenéticas ou cladogramas (do grego,
clados = ramo). Na árvore, as bifurcações (chamadas “nós”) indicam espécies
ancestrais [...]. (LINHARES & GEWANDSZNAJDER, 2005, p. 141)
Monofiléticos
Um grupo monofilético é um grupo de espécies que inclui a
espécie ancestral e todos seus descendentes – ou seja, um grupo natural. Em
outras palavras, um táxon monofilético é um grupo de espécies cujos membros
estão relacionados uns aos outros por uma história de descendência (com
modificação) única a partir de um ancestral comum – uma linhagem evolutiva
única. (Brusca, R. & Brusca, G.J., 2007)
Cladogênese
Segundo Amorim, denomina-se cladogênsese, a fragmentação de
um ramo filético (Conjunto de populações que apresentam efetivamente fluxo
genético) em dois ou mais ramos isolados, que possam evoluir independente.
Nesse processo, são fatores causais a vicariância e a dispersão. A conjunção
dos processos de cladogênse e anagênse geram a evolução biológica.
Anagênese
A anagênse é um processo que ocorre apenas no nível de
espécie. Se uma espécie, surgiu e se fixou uma novidade evolutiva (uma
mutação), então, todas suas espécies descendentes serão herdeiras dessa
modificação. Convém ter bastante claro que o processo evolutivo é composto por
dois grandes conjuntos de processos. Denomina-se anagênese a modificação na
forma (Em sentido amplo), de qualquer ramo filético. (Amorim, D. S, 2002)
Referências:
PAPAVERO, N. Fundamentos
práticos de taxonomia zoológica. 2.ed. São Paulo: UNESP, 1994. 285p.
Amorim, Dalton de Souza. Fundamentos de Sistemática Filogenética / Dalton de Souza Amorim. –
Ribeirão Preto : Holes, 2002.
BRUSCA, R.C.; W. MOORE & S.M.
SHUSTER, 2016. Invertebrates. 3rd Edition. Sinauer Associates,
Sunderland.
The Internacional Truste
for Zoological Nomenclature ISBN: 84-607-0588-9
Depósito Legal: M.21.969-2000 Realização
e impressão : Diseño Gráfico AM2000,
S.L. C/Maudes, 26, 1.°- 4 edição, 28003, Madrid
Raven | Biologia
vegetal / Ray F. Evert e Susan E. Eichhorn; revisão técnica Jane Elizabeth
Kraus; tradução Ana Claudia M. Vieira... [et.al.]. – 8. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014.
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS, Licenciatura em Ciências
Exatas, Noções de Taxonomia e
Classificação Introdução à Zoologia. Ana Paula Ulian de Araújo, Nelma
Regina Segnini Bossolan, 2006. Disponível em: http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/bio2_apostila_zoo_01.pdf (Acessado em: 07/02/2018)
Museu de Paleontologia da
Universidade da Califórnia com o apoio da Fundação Nacional de Ciência e do
Instituto Médico Howard Hughes. Disponível em, http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIC1aUsingparsimony2.shtml)
Santos,
C. M; Klassa, B. Sistemática
filogenética hennigiana: revolução ou mudança no interior de um paradigma?
scientiæ zudia, São Paulo, v. 10, n. 3, p. 593-612, 2012
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